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Sinal que aparece ao dormir pode indicar risco de demência no futuro
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Publicado em 27/12/2024
Depressed senior Asian man sitting in bed cannot sleep from insomnia© iSTock

Pesadelos frequentes podem estar relacionados a um maior risco de demência no futuro. Essa é a conclusão de um estudo de pesquisadores do Imperial College London.

Segundo os pesquisadores, esse tipo de sonho pode ser um sinal precoce de declínio cognitivo.

Descobertas do estudo

Os pesquisadores observaram que adultos saudáveis de meia-idade que relatam pesadelos semanais têm quatro vezes mais chances de sofrer declínio cognitivo nos 10 anos seguintes, em comparação com aqueles que não enfrentam esse problema. Entre os adultos mais velhos, a relação também existe, com o risco de demência sendo duas vezes maior.

Um dos pontos principais do estudo é que essa associação permanece robusta mesmo quando fatores genéticos, como histórico familiar e biomarcadores, são levados em consideração.

Isso sugere que os pesadelos em si, e não fatores hereditários, podem ser um elemento importante nesse processo.

Qual é a relação entre pesadelos e declínio cognitivo?

Ainda não existe uma resposta definitiva para essa pergunta, mas há algumas hipóteses. Pesadelos podem ser um sintoma de transtorno comportamental do sono REM (fase do sono caracterizada por movimentos rápidos dos olhos).

Esse transtorno, segundo especialistas, pode preceder a demência por muitos anos e está frequentemente relacionado a “sonhos angustiantes”.

Outra possibilidade é que os pesadelos provoquem um sono de má qualidade, o que impacta diretamente a saúde cerebral. Estudos anteriores mostram que a fragmentação do sono na faixa dos 30 e 40 anos dobra o risco de problemas de memória e cognição uma década depois.

Embora as evidências apontem para uma ligação entre pesadelos e risco de demência, é importante lembrar que esses sonhos não indicam, isoladamente, que a pessoa desenvolverá a doença. Eles são, na verdade, um alerta que deve ser acompanhado por outros sinais e sintomas.

Embora os achados sejam promissores, os pesquisadores destacam que mais estudos são necessários. A realização de exames específicos poderia aprofundar o entendimento sobre a relação entre pesadelos, transtornos do sono e declínio cognitivo.

O que fazer se você tem pesadelos frequentes?

Investir em uma boa higiene do sono é um passo inicial importante. Evitar eletrônicos antes de dormir, manter um horário regular para deitar e criar um ambiente tranquilo no quarto são medidas que podem melhorar a qualidade do sono.

Em casos persistentes, buscar ajuda médica é essencial. Profissionais podem avaliar se existe um transtorno do sono subjacente e oferecer tratamentos que aliviem os sintomas.

 

Fonte :- Sinal que aparece ao dormir pode indicar risco de demência no futuro

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