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As pandemias estão de volta com força, eis o porquê
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Publicado em 07/01/2025

As pandemias, esses flagelos que atravessam as eras, parecem estar a ganhar força novamente após um período de calmaria. Apesar dos avanços científicos, o seu retorno questiona a nossa capacidade de prevenir estas crises sanitárias globais.

As pandemias estão de volta com força, eis o porquê

Os ecossistemas desempenham um papel crucial na regulação das doenças. Quando estão equilibrados, limitam a propagação de patógenos. No entanto, as atividades humanas, como as alterações climáticas e a perda de biodiversidade, perturbam este equilíbrio. Por exemplo, o aquecimento global favorece a expansão de mosquitos portadores de doenças como a dengue.

As pandemias, esses flagelos que atravessam as eras, parecem estar a ganhar força novamente após um período de calmaria. Apesar dos avanços científicos, o seu retorno questiona a nossa capacidade de prevenir estas crises sanitárias globais.


Os ecossistemas desempenham um papel crucial na regulação das doenças. Quando estão equilibrados, limitam a propagação de patógenos. No entanto, as atividades humanas, como as alterações climáticas e a perda de biodiversidade, perturbam este equilíbrio. Por exemplo, o aquecimento global favorece a expansão de mosquitos portadores de doenças como a dengue.

A destruição dos habitats naturais aumenta os contactos entre humanos, animais domésticos e fauna selvagem. Estas interações facilitam a transmissão de vírus, como o VIH, que passou dos macacos para os humanos. Da mesma forma, os morcegos, reservatórios naturais de muitos vírus, são suspeitos de estar na origem da pandemia de COVID-19.

As causas profundas das pandemias, como a pobreza ou a desflorestação, são frequentemente negligenciadas em favor das causas imediatas, como a transmissão viral. No entanto, agir sobre estes fatores profundos é essencial para prevenir futuras crises. Por exemplo, a fome leva algumas populações a caçar animais selvagens, aumentando o risco de zoonoses.

Uma abordagem global, chamada "saúde planetária", propõe conciliar a saúde humana com a preservação dos ecossistemas. Esta visão interdisciplinar visa tratar tanto as causas imediatas como as causas profundas das pandemias. Está a ser cada vez mais ensinada nas universidades, preparando os futuros decisores para gerir melhor estes desafios.

Assim, para reduzir o risco de pandemias, é imperativo proteger os ecossistemas e combater as desigualdades socioeconómicas. A saúde humana e a do planeta são indissociáveis, e a sua preservação exige uma ação concertada à escala global.

O que é a saúde planetária?

A saúde planetária é uma abordagem interdisciplinar que liga a saúde humana à saúde dos ecossistemas. Parte do princípio de que o nosso bem-estar depende diretamente da estabilidade e da riqueza dos sistemas naturais. Esta visão global visa preservar os recursos enquanto melhora a qualidade de vida das populações.

Os ecossistemas fornecem serviços essenciais, como a purificação da água, a regulação do clima e a produção de alimentos. Quando estão degradados, estes serviços ficam comprometidos, o que afeta diretamente a saúde humana. Por exemplo, a desflorestação pode aumentar os riscos de doenças infecciosas ao aproximar os humanos dos animais selvagens.

A saúde planetária propõe soluções integradas para responder às problemáticas ambientais e sanitárias. Incentiva a colaboração entre cientistas, decisores e comunidades locais. O objetivo é criar políticas que protejam tanto a natureza como as populações, tendo em conta as desigualdades sociais e económicas.

Ao adotar esta abordagem, é possível prevenir crises sanitárias enquanto se preservam os ecossistemas. A saúde planetária oferece assim um quadro para construir um futuro mais sustentável e equitativo, onde a saúde humana e a do planeta são indissociáveis.

 

Fonte :- As pandemias estão de volta com força, eis o porquê

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