Mosquitos do gênero Culicoides transmitem a febre Oropouche
Uma mulher de 38 anos morreu por Febre do Oropouche no Rio de Janeiro após contrair a doença em uma trilha de um parque na Baixada Fluminense. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) nesta quarta-feira (04).
A vítima é uma moradora do município de Nilópolis, Rio de Janeiro, e se tornou a quarta morte registrada no estado em consequência do Oropouche. Segundo a pasta, o caso aconteceu no começo de maio. Outros três óbitos foram confirmados em Cachoeiras de Macacu, Paraty e Macaé.
"Os casos ocorreram em regiões diversas e são considerados episódios isolados. Não houve novos registros de casos graves, internações, nem novos óbitos relacionados à Febre do Oropouche nos municípios" , informou a SES-RJ.
Febre do Oropouche
Divulgação/Genilton J. Vieira/Fiocruz
Mosquito da Febre do Oropouche
A Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus gênero Orthobunyavirus , identificado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica.
A doença é transmitida pela picada do mosquito-pólvora ou maruim( Culicoides paraenses ). Os sintomas da doença são parecidos com os da dengue, e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença: no ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do vírus em outras espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus .
De acordo com o painel Monitora RJ, até 4 de junho, o estado contabilizou 1.836 casos confirmados da doença. Os municípios com maior número de registros são Cachoeiras de Macacu (672), Macaé (517), Angra dos Reis (392) e Guapimirim (172).
Cuidados
"O maruim é bem pequeno e corriqueiro em locais silvestres e áreas de mata. Por isso, a recomendação é usar roupas que cubram a maior parte do corpo, passar óleos corporais nas áreas expostas da pele, limpar terrenos e locais de criação de animais, recolher folhas e frutos que caem no solo, e instalar telas de malha fina em portas e janelas” , explica o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do RJ, Mário Sergio Ribeiro.
Os sintomas de Oropouche podem ser confundidos com os de outras arboviroses e doenças febris agudas. Por isso, no início dos sintomas, procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima.
É importante permanecer em repouso, com acompanhamento médico e tratamento dos sintomas. Na maioria dos pacientes, a evolução do Oropouche é benigna e sem sequelas.
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