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A genética dos gatos brancos exige atenção e cuidado; saiba porquê
Publicado em 20/06/2025 09:52
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A genética dos gatos brancos exige atenção e cuidado; saiba porquê

Os gatos brancos, com pelagem inteiramente clara e, muitas vezes, olhos em tons vibrantes (azuis, verdes ou com heterocromia, quando os olhos de cores diferentes) já conquistaram tutores no mundo todo.

Mas por trás da beleza há também particularidades genéticas que exigem cuidados específicos.

 

A ligação entre cor da pelagem, surdez congênita e sensibilidade à luz solar é amplamente documentada pela ciência veterinária, o que torna fundamental conhecer mais sobre esses animais antes de adotar ou conviver com um exemplar branco.

Essas características não afetam apenas a estética do animal, mas impactam diretamente seu bem-estar. Os tutores devem compreender a origem desses traços e saber como adaptar o ambiente.

Isso pode fazer toda a diferença para garantir uma vida longa, saudável e segura aos gatos brancos. Mais do que beleza, eles pedem atenção, prevenção e responsabilidade.

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Um visual histórico e sensível

A pelagem branca perfeita é determinada por um gene chamado W, que mascara todas as outras cores. Esse gene pode aparecer em diversas raças, como Persa, Turkish Angora e American Shorthair.

O resultado são gatos de aparência distinta, muitas vezes com olhos azuis, verdes, âmbar ou até um de cada cor. Mesmo sendo visualmente interessantes, essas características têm consequências anatômicas.

A ligação genética com a surdez

A surdez é uma condição grave que afeta uma parcela expressiva desses gatos. A Universidade Cornell detalha que “17 a 22% dos gatos brancos sem olhos azuis são surdos; 40% dos gatos com um olho azul; e 65 a 85% dos gatos de olhos azuis são surdos”.

Estudos mostram que, em gatos brancos de raça pura, cerca de 16,7% apresentam surdez congênita, sendo 11,1% unilateral e 5,6% bilateral.

 

Essa condição acontece porque o gene W interfere na migração dos melanócitos, que são células pigmentares que também influenciam o desenvolvimento da cóclea no ouvido interno.

Também há casos de surdez unilateral: cerca de 30 a 40% dos gatos “odd‑eyed” (com um olho azul e outro de cor diferente) perdem a audição apenas de um lado.

A surdez não afeta a mobilidade, mas exige adaptações no ambiente e na forma como o tutor se comunica com esses felinos.

Cuidados de saúde específicos

Além da surdez, gatos brancos têm pele especialmente sensível à luz solar. Conforme destaca o The Spruce Pets, essa pelagem clara aumenta o risco de queimaduras e câncer de pele, principalmente em áreas pouco protegidas, como orelhas e nariz.

Protetor solar veterinário é uma recomendação frequente para exposição controlada do bichano.

Para identificar a surdez, o teste BAER (Brainstem Auditory Evoked Response) é o método mais confiável, recomendável principalmente para criadores e tutores de gatos com predisposição genética.

Como conviver bem com um gato branco

  • Surdos não ouvem carros ou perigos externos. Por isso, mantenha os gatos dentro de casa;
  • Comunicação visual: sinais visuais, como acender luz ou piscar, ajudam a chamar a atenção do gato surdo;
  • Em varandas ou janelas, aplique protetor veterinário e crie sombras para evitar queimaduras;
  • Atenção aos reflexos em casa, pois superfícies brilhantes podem desorientar gatos com surdez parcial.

 

 

Fonte :- A genética dos gatos brancos exige atenção e cuidado; saiba porquê

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