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Chile emite alerta vermelho e prevê a retirada de 1,5 milhão de pessoas por alerta de tsunami
Publicado em 01/08/2025 08:58 • Atualizado 01/08/2025 08:59
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Um homem passa por uma placa indicando a rota de retirada em caso de tsunami durante um alerta de tsunami em Valparaíso, Chile, em 30 de julho de 2025 Foto: Cristobal Basaure/AFP

 

SANTIAGO - O Chile emitiu um alerta vermelho em toda a sua área costeira nesta quarta-feira, 30, por risco de tsunami após um terremoto de magnitude 8,8 atingir a Rússia. Estima-se que mais de 1,5 milhão de pessoas tenham de ser retiradas para zonas altas nas próximas horas.

 

O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) chileno elevou o alerta vermelho de tsunami esta manhã para os municípios ao longo da costa continental entre as regiões de Arica, na fronteira norte com o Peru, até Magalhães, na Antártica chilena.

“Todos os recursos necessários e disponíveis serão mobilizados para atuar e controlar a situação, dada a extensão e gravidade do evento”, afirmou o Senapred.

 

O governo chileno criou um comitê de gestão de riscos de desastres para lidar com a situação. Segundo o ministro do Interior, Álvaro Elizalde, “a previsão é de que pelo menos 1,5 milhão de pessoas terão que ser retiradas conforme as instruções forem confirmadas dentro de cronogramas”.

O terremoto ocorreu na manhã desta quarta-feira (horário local) na costa de Petropavlovsk (20h24 de terça-feira em Brasília), na Península de Kamchatka, na Rússia, a uma profundidade de 20,7 Km, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). Mais de 11 horas após o forte terremoto, o alerta de tsunami foi suspenso em Kamchatka.

O tremor está provavelmente entre os seis mais poderosos já registrados, mas pode ser reclassificado como ainda maior nos próximos dias, à medida que mais dados forem chegando, disseram os cientistas.

O serviço de resposta de desastres chileno estimou horários para a chegada das ondas em suas costas que vão desde às 14h51 em Arica (horário local, 15h51 de Brasília), até a madrugada de quinta na região Antártica.

Moradores da Ilha de Páscoa, um território insular chileno a cerca de 3.500 km do continente e onde residem cerca de 7.000 pessoas, também foram todos retirados, informou o ministro do Interior Álvaro Elizalde.

Todo o Pacífico em alerta

Autoridades de outros países da bacia do Pacífico, dos Estados Unidos ao Peru, passando pelo México e pela Colômbia, também emitiram alertas de retirada.

O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico dos Estados Unidos emitiu alertas para ondas de um a três metros nas costas do Chile, Costa Rica, Polinésia Francesa, Guam, Japão e outras ilhas do Pacífico.

 

Vista geral do cais de pesca artesanal de Caleta Portales durante um alerta de tsunami em Valparaíso, Chile, em 30 de julho de 2025 Foto: Cristobal Basaure/AFP

Algumas horas depois, o órgão suspendeu o alerta de retirada para o Havaí, onde todos os voos na ilha de Maui foram cancelados por precaução.

O Equador ordenou a retirada preventiva de praias, docas e áreas baixas nas ilhas turísticas de Galápagos, a 1.000 km do continente, devido ao risco de tsunami.

No Peru, 65 dos 121 portos do país foram fechados. O Centro de Operações de Emergência Nacional estimou que as ondas poderiam atingir entre um e 2,31 metros de altura.

Da mesma forma, autoridades da Guatemala, Costa Rica, El Salvador e Panamá pediram aos habitantes que evitassem atividades aquáticas na costa do Pacífico.

A península de Kamchatka é o ponto de colisão das placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte, o que a torna uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo./Com AFP

 

Fonte :- Chile emite alerta vermelho e prevê a retirada de 1,5 milhão de pessoas por alerta de tsunami

 

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